A menina ainda dorme dentro daquela casa
- Jerusa Furbino
- 7 de fev.
- 1 min de leitura
Atualizado: 10 de mar.

Eu ouvi o bater da porta
Era uma despedida para sempre
Não tinha mais jeito
Eu não cabia mais nas mãos pequenas
E na inocência do sorriso
Agora, eu tinha contas para pagar
Ordens a seguir
Que não as dos meus pais
Agora, tudo eram metas
E anseio pelas sextas
Na segunda, cartão de ponto
E todos os dias, ponto de ônibus
O olhar pela janela tem horizonte pequeno
O sonho ficou dentro da menina que viu o bater da porta
A menina ainda dorme dentro daquela casa
Queria acordá-la para perguntá-la
Se algum dia minhas palavras vão ganhar forma de livro
Mas não um livro qualquer
O que a gente quer é livro lido, desses bem sabidos e comentados
A menina me via grande
Eu pago as contas pela manhã
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