Cordel- A vida ensina
- Jerusa Furbino

- 17 de jun.
- 1 min de leitura

Minhas linhas são bordadas
Pelo tempo que me ensina,
Que a dor vem de madrugada
Mas também vai na neblina.
A natureza me acalma
Com seu chá que acende a alma
E essa dor, se desafina.
Tem um chá pra me animar
Quando o corpo diz “não dá”,
Mas a Terra, tão bondosa,
Me levanta e faz dançar.
Saudade é sal que estraga
Se for muito, a vida amarga
Mas o suor vem pra curar.
O suor tempera a queda,
Fortalece o coração,
Me protege com firmeza
Feito prece e oração.
E a cura? Vem de onde?
Dos abraços, do horizonte,
Do vinho, da pipoca e do chão.
Se meu humor vem nublado,
Nem pro pão eu vou sair
O padeiro, coitado,
Não tem culpa de existir!
Quando a alma não se ajeita,
Eu me afino, dou receita:
Poesia pra expandir.





Comentários