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Feliz na Fotografia


Os peitos e a fumaça
Feliz na fotografia

Essa semana foi a festa de aniversário de 15 anos da minha filha caçula. Ela vinha sonhando com esse momento desde o início do ano. O pai foi o responsável financeiro para que tudo acontecesse, e eu fiquei com a administração do sonho. Contratei as pessoas, organizei cada detalhe com os profissionais, e no grande dia, tudo foi lindo. Ver o brilho nos olhos dela, dançando em um vestido que ela mesma escolheu, foi um daqueles momentos em que o coração transborda de amor e orgulho.


Ontem, no dia oficial do seu nascimento, escrevi e postei um vídeo lindo sobre aquele dia especial, sobre quem ela é e o quanto significa para nossas vidas.


Hoje, acordei e tive uma surpresa menos agradável: bagunça e desorganização no quarto dela e as roupas na área de serviço, emboladas ainda úmidas, tirou as minhas para estender às delas. A alegria do sonho realizado deu lugar à irritação do cotidiano. Gritei, ela gritou, e me devolveu:


— Não sei para que fez post falando que me admira e ama, se a gente só é feliz na fotografia.


Por um instante, aquilo me atingiu como uma flecha. Só na fotografia? Será que ela realmente acha isso? Respirei fundo e respondi:


— O fato de eu precisar chamar sua atenção, às vezes perder a paciência e até gritar, não muda o meu amor por você. Meu papel como mãe é educar, e educar não é fácil. É a tarefa mais difícil que Deus deu aos pais.


A adolescência é um território explosivo, um campo minado de emoções. A autoafirmação, a negação dos pais, a explosão dos hormônios — é uma receita pronta para o conflito. E eu sei disso porque já estive no lugar dela. Também fui uma adolescente sem causa, revoltada sem razão. E, naquele momento, percebi que, assim como ela não entende agora, talvez só entenda no futuro.


Não, não somos felizes só na fotografia. Somos felizes na vida real, entre os conflitos, os desafios e os momentos de reconciliação. Somos felizes mesmo nas lágrimas, porque elas fazem parte do crescimento. Talvez ela só veja isso quando, no futuro, tiver sua própria filha ou filho. E quando essa criança, com seus hormônios à flor da pele, disparar uma frase explosiva como aquela, talvez ela se lembre do que vivemos hoje.


A educação é uma jornada imperfeita. É como lapidar uma pedra para transformá-la em escultura. Cada momento de atrito desgasta um pouco, mas também dá forma, revela beleza. É difícil e exige paciência. Nós, pais, erramos porque somos humanos, mas continuamos tentando porque amamos.


E é isso que quero que ela saiba: o amor verdadeiro não é perfeito. Ele é um processo. Somos felizes não porque tudo é tranquilo ou ideal, mas porque escolhemos nos amar em meio às tempestades.


Errar é sinônimo de ser pai ou mãe. Educar também. Mas amar é o que nos mantém unidos — na fotografia e fora dela.

 





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